Dois iconoclastas, a dupla intrépida: o falecido Professor Emérito Richards Pipes da Universidade de Harvard e seu filho Daniel Pipes.
De um lado Richard Pipes, "autoridade mundial", decano dos historiadores sobre a Rússia, fez a prioridade da sua vida analisar e desmascarar perante a civilização Ocidental a utopia romântica e simplista do bolchevismo e a tirania do Flautista de Hamelin soviético, do outro, Daniel Pipes, especialista internacional sobre o Oriente Médio, analisa outra civilização. Sua missão tem sido, por meio de obras volumosas e inúmeros projetos em defesa da civilização Ocidental, despertar os americanos para as ameaças contemporâneas do terrorismo islamista, coerção religiosa e imigração em massa.
Richard Pipes, falecido aos 94 anos, cuja morte completou um ano na semana passada, ocupou o cargo de Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos na gestão do Presidente Ronald Reagan, considerado por muitos como arquiteto da Doutrina Reagan. Seu filho, Daniel Pipes fundou e encabeça o Middle East Forum, um think tank com sede na Filadélfia, que celebra atualmente seu 25º aniversário. Ele também publica o Middle East Quarterly.
Tanto Richard como Daniel Pipes são amplamente considerados intrépidos, já que nenhum dos dois jamais se juntou ao rebanho acadêmico nem se tornou defensor de líderes nacionais. Eles se mantiveram eruditos imparciais, até solitários, compromissados em escrever sobre fatos à medida que os descobriam. Ambos, não raramente, eram mal interpretados e espinafrados. Richard Pipes foi tachado de "linha dura antisoviética" e "promotor da Guerra Fria," ainda que suas recomendações políticas fossem realistas e por vezes até flexíveis e conciliatórias.
Daniel Pipes foi injusta e incorretamente chamado de "islamófobo" mas na realidade, o fato é que ele apoia os que procuram reformar o Islã e os encoraja a serem aliados do mundo livre.
Richard Pipes e a Elaboração da Doutrina Reagan
Richard Pipes, historiador de Harvard e escritor prolífico, demostrou em inúmeros de seus livros que a "Revolução" russa de outubro de 1917 foi na realidade um golpe de Estado de militantes, conduzido por um grupo hermeticamente organizado de conspiradores do tipo jacobiano, no qual não houve praticamente nenhum envolvimento das massas. Lamentavelmente, os sonhos utópicos de muitos comunistas bem intencionados, que vislumbravam uma sociedade sem classes com justiça social, no final desembocou em um sistema tirânico, stalinista que, com seus genocídios, gulags e antissemitismo oficial patrocinados pelo ditador Josef Stalin, resultou na morte de 20 milhões de pessoas se equiparando aos horrores da Alemanha Nazista.
Até 1982, o enfoque dos Estados Unidos sobre como lidar com a União Soviética era encapsulado em uma "política de contenção" delineada pelo consagrado diplomata americano George Kennan. Esboçado pela primeira vez em 1947, ela exortava a contraposição à pressão soviética por meio do "emprego de uma força contrária ágil e vigilante diante de uma série de pontos geográficos e políticos, em constante movimento, correspondendo aos movimentos e manobras da política soviética."
Richard Pipes, no entanto, na época Diretor de Estudos Soviéticos e do Leste Europeu do Conselho de Segurança Nacional de seu escritório na Casa Branca nos anos de 1981/1982, via as coisas de outra maneira. Para ele, não bastava procurar a coexistência com a União Soviética, era necessário uma mudança profunda no sistema soviético.
Ele escreveu um memorando ao Presidente Ronald Reagan apresentando sua leitura de uma profunda crise econômica que assolava a União Soviética causada pela excessiva expansão geopolítica e militarização da Rússia. "Minha principal contribuição," observou ele mais tarde, "foi a de revelar os problemas da política de détente e recomendar uma política concebida para reformar a União Soviética por meio de uma estratégia de desprovimento econômico." Em outras palavras, a URSS poderia ser mudada de dentro via aumento de custos da sua agressão.
Conforme ele antecipou, a Rússia, diante da sua combalida economia e do colossal programa militar de Reagan (parecido com o do atual presidente dos Estados Unidos Donald J. Trump) e fazendo uso de instrumentos econômicos, como diminuição no preço do petróleo, proposto pelo diretor da CIA, William Casey, e acima de tudo, o apoio americano aos combatentes antisoviéticos em diversas regiões de conflito (por exemplo, no Afeganistão, Nicarágua e Angola), iriam minar de tal maneira a economia russa, que incentivaria a ascensão de reformadores soviéticos. Os reformadores por sua vez, "começariam a fazer pressão por modesta democratização política e econômica," assim sendo, "os sucessores de Brezhnev," segundo a previsão de Richard Pipes, "iriam provavelmente, no devido tempo, rachar em facções conservadoras e reformistas."
O Presidente Ronald Reagan concordou com o posicionamento de Richard Pipes e emitiu uma diretiva presidencial em janeiro de 1983 de nome "NSDD-75," mudando radicalmente a pedra angular dos objetivos da política externa dos Estados Unidos trilhada pelas administrações anteriores remontando aos dias do presidente americano Harry S. Truman.
Os especialistas mais destacados dos Estados Unidos com visões liberais a respeito da Rússia, particularmente aqueles ligados à Universidade de Columbia, discordaram veementemente com a ousada e corajosa previsão de Richard Pipes. Robert Legvold, professor da Universidade de Columbia salientou em 1982: "Pipes está equivocado ao assumir que há uma distinção nítida e notória entre os dois campos (na União Soviética). Qualquer política americana concebida para assegurar que algum grupo não existente de moderados será alçado ao poder é uma quimera."
Pipes provou que estava certo.
Boris Yeltsin, Oponente Vilipendiado.
Quando outros estudiosos sobre o tema soviético finalmente admitiram que Pipes estava certo e com o aparecimento de um grupo genuíno de reformistas no final da década de 1980, os líderes de estudos russos nas Universidades de Columbia e Princeton ficaram arrebatados com o líder soviético Mikhail Gorbachov. Legvold observou:"o fator crucial que acabou com a Guerra Fria foi a decisão de Gorbachov de não recorrer ao uso da força para reprimir as aspirações existentes na Europa Oriental."
Essa leitura, no entanto, não está totalmente correta. Alexander Yakovlev, munido de dezenas de entrevistas conduzidas por ele (em setembro de 2000) e por outros proeminentes democratas russos, para o futuro livro Russia's Democratic Revolution, revelou que, à medida que a pressão do leste europeu contra a URSS na Hungria e na Polônia ganhava força, meses antes, tanto ele como outros consultores soviéticos propuseram se livrar do muro de Berlim. A oposição russa no Congresso dos Deputados do Povo, liderados por Andrei Sakharov e Boris Ieltsin, também estava exigindo apoio para a realização de mudanças dramáticas na Europa Oriental. O presidente Reagan, claro, um ano antes havia dito:"Senhor Gorbachov, derruba este muro."
Mesmo depois que Ieltsin, cercado de reformistas radicais e patrocinadores ocidentais, se tornou líder da Rússia pós-soviética, muitos apologistas de Gorbachov continuaram a adoração a ele.
Pipes Trás à luz Alexander Yakovlev
Se você realmente quiser saber o que aconteceu na União Soviética, é imprescindível ler o livro definitivo de Pipes: Alexander Yakovlev, the Man Whose Ideas Saved Russia from Communism. Depois leia as memórias de Yakovlev, disponível em russo: Omyt Pamiati: Ot Stolypina do Putina (Maelstrom of Memory: From Stolypin to Putin) Moscow: Vagrius, 2001.
Conforme demonstrado por Richard Pipes, o verdadeiro arquiteto da perestroica, glasnost (censura reduzida) e o "novo pensamento" do qual fazia parte o desarmamento e a rejeição da meta da revolução comunista para os quatro cantos do planeta não foi Gorbachov, que na realidade permaneceu um comunista reformista. Foi seu consultor chefe: o discreto Yakovlev, que presidia as três comissões que tratavam dos novos conceitos.
Conforme consta no arquivo de Segurança Nacional: "documentos recentemente liberados do Acervo Yakovlev dos Arquivos de Estado da Federação Russa (GARF) mostram a dimensão sem precedentes de pautas sobre as quais Alexander Yakovlev exercia influência nos círculos de tomada de decisão soviéticos na era Gorbachov. Embora normalmente seja comum se associar Yakovlev à glasnost e à democratização, ficou claro que ele era um reformista da mais alta importância quanto à questão do controle de armas ('desatando' o 'nó' da posição soviética no tocante às negociações do controle de armas nucleares) e da economia soviética."
Lamentavelmente não foi dado o devido valor, até os dias de hoje, à dimensão do trabalho de Yakovlev e de seus feitos como principal conselheiro de Gorbachov, provavelmente por causa dos apoiadores de Gorbachov. Sequer havia uma biografia completa de Yakovlev, até que Pipes veio a se debruçar sobre o projeto. Estadista de mão cheia, Yakovlev mostrou o caminho das pedras aos líderes mundiais não só em relação às relações exteriores como internas também, além de encabeçar a prestigiosa comissão que certificava a história russa. Provavelmente pelo fato de Gorbachov tê-lo mantido nos bastidores, sua preeminência custou a emergir.
Parece que Gorbachov era e ainda é um centrista que pulava de galho em galho, com certa apreensão, entre reformistas e reacionários e por vezes jogava uns contra os outros. Lamentavelmente, o mesmo grupo de especialistas que cultuava Gorbachov e desprezava Ieltsin, abandonou Yakovlev quando ele se afastou de Gorbachov para se juntar ao grupo de Ieltsin. O grupo continuou apegado a Gorbachov mesmo quando em 1991 os golpistas procuraram resgatar o império e Ieltsin os impediu.
O fato de Pipes ter apoiado Yakovlev em detrimento de Gorbachov pode bem ter sido a razão pela qual Pipes teve tanta dificuldade em achar uma editora que aceitasse publicar seu livro.
Aparentemente Pipes estava profundamente decepcionado pelo fato de seu último livro não ter sido profusamente aceito nem bem recebido pela crítica. Entrementes, a derradeira mensagem de seu livro é a de que se alguém como Yakovlev consegue emergir no Kremlin, então jamais devemos perder a esperança na Rússia. É altamente provável que Pipes será redimido e sancionado por uma nova geração de estudiosos que, avaliando Yakovlev com mais profundidade, ficarão impressionados.
Daniel Pipes: Modernizar o Islã ao Redor do Mundo é a Cereja do Bolo da Guerra ao Terror
Diferentemente de seu pai que continuou sendo um renomado historiador não obstante seu assessoramento ao governo americano, Daniel Pipes, graduado em Harvard, deixou o isolamento do mundo acadêmico tecendo a sua vida como ativista. Após o ataque de 11 de setembro contra os Estados Unidos, Daniel Pipes se voltou para a mídia, prevendo a chegada da guerra assimétrica, incluindo os grupos terroristas que poderiam não atacar de novo do exterior os EUA, bastião da democracia, mas que procurariam se infiltrar em todas as esferas da nossa sociedade e destruí-la de dentro.
"A coisa mais difícil para os cidadãos do Ocidente entenderem," escreveu Daniel Pipes, "não é que uma guerra com os militantes do Islã está em andamento e sim a natureza do objetivo maior do inimigo. O objetivo é instituir a Lei Islâmica (Sharia) nos quatro cantos da terra. Ou seja: no caso americano é substituir a Constituição dos Estados Unidos pelo Alcorão."
"Esse sonho," continua ele, "é algo tão remoto e fora de propósito para tantos não muçulmanos, que provoca mais gargalhadas do que apreensão. Não resta dúvida, os europeus também reagiam dessa maneira, mas hoje é aceito quase por unanimidade que, nas palavras de Bernard Lewis, a Europa será islâmica até o fim século."
Respaldando Daniel Pipes, o National Center for Constitutional Studies delibera sobre as inúmeras maneiras que a Lei Islâmica (Sharia) rejeita as premissas fundamentais e valores da sociedade americana.
Como presidente do Middle East Forum, Daniel Pipes divide seu trabalho em dois temas principais. Primeiro, a crucial diferença entre o Islã, a religião, que é uma religião venerável e o Islã militante, cujo pilar é a lei da Sharia, que segundo ele, não o é. Ele também observa que há uma batalha pela alma do Islã entre os próprios muçulmanos.
Se por um lado Richard Pipes, esteio da democratização do regime totalitário russo, era amiúde e conforme o esperado tachado de russófobo, seu filho também, vira e mexe, é tachado de "islamófobo." Essa caracterização não tem um pingo de verdade. Na realidade, ele apoia os muçulmanos moderados: "...muito embora os muçulmanos moderados pareçam ser, e de fato o são, fracos (como eram os democratas de Yakovlev na Rússia), mas têm um papel importante a desempenhar, pois somente eles têm condições de reconciliar o Islã com a modernidade..."
Militant Islam Reaches America (Islã Militante Chega aos Estados Unidos) é um dos mais importantes e mais compenetrantes livros de Daniel Pipes, que aborda alguns dos grandes temas que confrontam hoje os EUA. No livro ele revela que o Islã militante tem muito em comum com o fascismo e comunismo e que, "figuras expoentes nos Estados Unidos devem necessariamente assumir a difícil tarefa de "...modernizar globalmente o Islã, a derradeira meta da guerra ao terrorismo." Como alcançar tal proeza é que é o desafio.
Operacionalmente, o Middle East Forum, think tank de Daniel Pipes, patrocina vários projetos de grande importância, como o Campus Watch, que procura expor "...a politização e o viés dos estudos que tratam do Oriente Médio nas universidades Norte Americanas," bem como disponibilizar o Campus Speakers Bureau e o Student Internship Program. Outros projetos como o Islamist Watch, que fica de olho no terrorismo ao redor do mundo e o Legal Project que procura dar proteção a pesquisadores e analistas que informam acerca de "tópicos sobre terrorismo, financiamento para o terrorismo e Islã radical, a ações na justiça com o propósito de silenciar o exercício de liberdade de expressão a esses pesquisadores e analistas. Algumas dessas ações foram aparentemente empreendidas para "...levar à falência, desviar a atenção, intimidar e desmoralizar os réus.
Projeto para a Vitória de Israel
Se por um lado o NSDD-75 de Richard Pipes foi o projeto para a vitória americana na Guerra Fria, por outro Daniel Pipes desenvolveu o Projeto para Vitória de Israel (2017, hoje a campanha de maior visibilidade do Forum.) O projeto postula o malogro da causa perdida dos palestinos, cuja meta é destruir Israel, portanto, se afasta das inúteis, até agora, negociações. "Os conflitos acabam,' ao seu ver,'quando um lado joga a toalha."
Daniel Pipes argumenta, ironicamente, que os palestinos estariam numa situação bem mais tranquila se tivessem sido derrotados: ele poderiam jogar uma pá de cal em suas fantasias de genocídio e, na mesma linha da Alemanha pós-Segunda Guerra Mundial, finalmente começar a montar uma sociedade civil próspera e construtiva. Tal qual seu pai, Daniel Pipes se viu diante de muita resistência. Tudo leva a crer que seu Projeto para Vitória de Israel não será exceção. Um olhar mais aberto e tranquilo a uma proposta dessas, sem sombra de dúvida, não será bem recebido em muitos lugares.
Pelo visto ele já está acostumado a isso. Ele foi impedido de entrar na Turquia, membro da OTAN, por dizer o que pensa. Diante de um think tank em Sofia, Bulgária, em 2017, foi indagado se a Turquia, melhor dizendo o Presidente Recep Tayyip Erdoğan, era "parceiro ou ameaça."
"Não me atrevo voltar à Turquia," respondeu ele, "porque eu critico mesmo, como você já deve ter escutado, o governo e em particular, eu apoiei a tentativa de golpe de 15 de julho, um posicionamento considerado uma afronta total na Turquia."
""Erdoğan," explica ele em outro lugar, "é um islamista que no início respeitava as regras do jogo democrático. Com o passar do tempo, ele passou a fazer pouco-caso das regras, melhor dizendo, das regras eleitorais. Ele monopolizou a mídia estatal, tacitamente estimulou agressões físicas a membros de partidos de oposição e fraudou votos."
Daniel Pipes então se virou para o embaixador da Turquia: "de modo que, deixe-me perguntar-lhe, Senhor Embaixador: seria seguro para mim ir para a Turquia e passar algum tempo lá ou só passar pelo aeroporto? ...Será que eu estaria seguro se eu fosse para a Turquia?"
Kemal Ökem, respondeu, "se você diz apoiar uma fracassada tentativa de golpe de estado... eu não recomendaria a sua ida à Turquia porque o senhor seria cúmplice, considerado um cúmplice. (risos)... Quero dizer, eu o aconselho a procurar um bom aconselhamento jurídico antes de viajar para a Turquia." (grifo do autor.)
Conclusão
Quanto a Richard Pipes, devemos a ele eterna gratidão por ajudar a desmitificar as fantasias "socialistas" de muitos da esquerda americana que insistem em promovê-las, principalmente entre os jovens. Vêm à mente radicais dos idos dos anos de 1960, como o candidato à presidência Bernie Sanders. Acompanhando o caminho de Yakovlev de autocrata do Partido Comunista na antiga União Soviética, a defensor de reformas no comunismo, o genuíno democrata, Richard Pipes contemplou que o caminho trilhado por Yakovlev seria esperançosamente seguido por novas gerações de democratas russos.
Quanto a Daniel Pipes, devemos a ele o grito de alerta ao qual ainda não foi dado a devida importância. A dimensão da infiltração de fomentadores da Lei Islâmica (Sharia) ainda não é admitida e muito menos reconhecida. A administração anterior dos Estados Unidos, do presidente Barack Obama, a bem da verdade, procurou diligentemente abafá-la. Ficou ainda mais difícil hoje abordar questões dessa natureza, pode muito bem ter sido esse o plano desde o início: matar no ninho qualquer troca de ideias sobre o Islã. Daniel Pipes foi tachado de "islamófobo" por alguns americanos para os quais os islamistas nada mais são do que mais um grupo de "massas encurraladas da Lady Liberty ansiosas por respirar liberdade." Lamentavelmente, parece que muitas dessas massas são só isso mesmo. No entanto, conforme pode ser visto na Europa, um contingente considerável não o é.
Em uma homenagem online a Richard Pipes por ocasião de seu 90º aniversário, o autor desse artigo menciona que Richard foi educadamente ridicularizado pelos especialistas soviéticos e vilificado pelos colegas americanos. No entanto, conforme apontou Yakovlev, "no fundo Pipes estava certo."
Certa vez, Irene, esposa de Richard de 72 anos, mãe de Daniel Pipes, alta, bonita e destacada apoiadora de publicações judaico-polonesas, orgulhosamente salientou: "Daniel também está certo."
Dr. Jiri Valenta, pesquisador sênior associado, independente do BESA Center for Strategic Studies da Bar Ilan University em Tel Aviv, é membro do Conselho de Relações Exteriores dos EUA. Ele e a sua esposa Leni, dramaturga graduada da Yale School Drama, trabalhou com o já falecido Alexander Yakovlev em 2000, revendo suas memórias ainda não publicadas. Richard Pipes gentilmente revelou que eles trocavam suas anotações particulares com ele. Em 2016 os Valentas publicaram: "How Would Yakovlev Advise Putin Today on Ukraine and ISIS." Divulgação na íntegra: dois dos artigos dos Valentas foram publicados no Middle East Quarterly de Daniel Pipes.