Quem é capaz de resistir ao otimismo delineado no artigo opinativo "Israel's Surprising Consensus on the Palestinian Issue" de Micah Goodman (15 de julho)? Lamentavelmente, as entrelinhas revelam que o postulado consenso reside na proposta de Goodman de "criar contiguidade territorial entre as ilhas autônomas palestinas na Cisjordânia, conectar esta autonomia palestina ao resto do mundo e promover a prosperidade e independência econômica palestina."
Já não vimos este filme? O programa de Goodman requenta quase integralmente o "Novo Oriente Médio" de Shimon Peres e os Acordos de Oslo de 1993, quando os israelenses fizeram expressivas concessões na inocente esperança de que Iasser Arafat, Mahmoud Abbas e seus hooligans reciprocassem com boa vontade. Nós sabemos no que deu.
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Na qualidade de historiador, lamento informar que os conflitos normalmente não terminam com gestos de boa vontade, mas com um lado desistindo de seus objetivos de guerra. Pondere: 1865, 1945, 1975 e 1991. Luxuosos apartamentos e carros último tipo não farão os palestinos aceitarem Israel, isso só acontecerá depois que eles reconhecerem a futilidade de seu sonho de eliminar o estado judeu. A vitória israelense, não a prosperidade palestina, trará a paz.
A exemplo dos alemães que colheram incomensuravelmente os frutos desistindo da agressão, os palestinos também poderão se beneficiar da mesma maneira. Somente quando eles aceitarem seu vizinho, poderá este competente e digno corpo social construir uma política, economia, sociedade e cultura a que tem direito.
Daniel Pipes
Presidente, Middle East Forum
Filadélfia
Tópicos Relacionados: Conflito árabe-israelense e diplomacia
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