Título original em italiano: "Rivolte in Iran, manca una leadership e Biden è debole"
Tommaso Alessandro De Filippo: as manifestações de protesto que ocorrem atualmente no Irã diferem fundamentalmente das anteriores?
Daniel Pipes: com certeza. Desde 1979 nenhum protesto continuou por tanto tempo ou foi tão largamente apoiado. Há também importantes sustentáculos: curdos e mulheres, que intensificam seu impacto.
As mulheres são elementos chave da revolta no Irã. |
TADF: o regime iraniano ainda desfruta de uma posição sólida de poder ou poderia entrar em colapso?
DP: é provável que o regime irá sobreviver. Qualquer contrarrevolução precisa de liderança, que esta não tem. O fato de muitos dos principais líderes do regime terem ajudado a derrubar o Xá significa que eles têm insights de primeira mão sobre a maneira de reprimir os opositores.
TADF: o senhor concorda com a abordagem da Administração Biden em relação ao Irã ou ela deveria dar mais apoio aos protestos contra o regime?
DP: a Administração Biden deveria dar uma força maior. Pelo menos Biden melhorou um pouco se comparado à resposta de Obama em 2009, quando o presidente, ávido para fechar um acordo nuclear com Teerã, basicamente não disse nada em apoio aos protestos. Entretanto, a resposta de Biden é tímida. Agora é a hora de declarar que o governo dos EUA busca a mudança de regime no Irã e que ajudará os que trabalham para tanto.
TADF: a consolidação nuclear iraniana levará a uma intervenção militar de Israel ou dos Estados Unidos?
DP: não consigo imaginar um democrata atacando a infraestrutura nuclear do Irã, um republicano, é possível. Caso contrário, é provável que Israel atacará.
TADF: o apoio dos países membros da OTAN à Ucrânia está de bom tamanho? Se não estiver, há o que se possa fazer?
DP: os países membros da OTAN (com exceção da Hungria e da Turquia) têm sido soberbos em termos de adoção de uma postura unificada, acolhimento de refugiados, congelamento de ativos russos, no corte de laços comerciais, redução da dependência energética, financiamento de operações do governo ucraniano e fornecimento de arsenal. Mas eles estão com muito medo de fornecer a Kiev as ferramentas, como tanques e caças, para expulsar as forças russas de seu país.
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