Em um pronunciamento transmitido pela TVhoje à noite, o Presidente Barack Obama esboçou suas ideias de como derrotar o Estado Islâmico. Na exposição, ele declarou que a organização alternadamente conhecida como EIIS ou EIIL "não é islâmica".
Ao proferir esta absurda alegação, Obama se junta aos seus antecessores diretos ao pronunciar o que não é islâmico. Bill Clinton disse ser a forma do Talibã lidar com mulheres e crianças "uma terrível distorção do Islã". George W. Bush disse que o 11 de setembro e outras ações violentas contra inocentes "viola os princípios fundamentais da fé islâmica".
A magia da palavra permite que Obama transforme EIIS em uma organização "não islâmica". |
Em nenhuma das três palavras há alguma base para tais afirmações. Expondo o óbvio: como não muçulmanos e políticos, e não como muçulmanos e especialistas, eles não estão aptos para afirmar o que é islâmico e o que não é. Conforme ressalta Bernard Lewis, respeitada autoridade americana sobre o Islã: "com certeza é muita arrogância da parte dos não-muçulmanos afirmarem o que é ortodoxo e o que é herético no islamismo". (O fato dele ter nascido e criado como muçulmano não é importante nesse caso, ele deixou a fé e não tem autoridade para se manifestar a respeito dela).
De fato, Obama repete os erros de seus antecessores e piora ainda mais as coisas: Clinton e Bush apenas relataram certas atitudes (de como tratam as mulheres e crianças, violência contra inocentes) de não serem islâmicas, mas Obama ousou declarar que uma organização inteira (quase estado) de ser "não islâmica".
A única coisa boa acerca dessa idiotice? Pelo menos é melhor do que a formulação do Conselho de Relações Americano Islâmicas (conhecido como CAIR) que tem o desplante de chamar o EIIS de "anti-Islâmico".
Em última análise, de qualquer forma, nem os presidentes americanos nem os apologistas conseguem enganar o povo. Qualquer um que preste atenção vê logo que o EIIS, como o Talibã e a Al-Qaeda anteriormente, é 100% islâmico. Além disso, a maioria dos povos do Ocidente, conforme revelado por detalhadas pesquisas realizadas na Europa, estão atentos. Com o passar do tempo, eles estão cada vez mais confiando no bom senso para concluir que o EIIS é na verdade profundamente islâmico. 10 de setembro de 2014
Adendo de 10 de setembro de 2014: (1) John Rossomando do Investigative Project on Terrorism descobre mais defensores dos islamistas em "Líderes Muçulmanos Insistem que o Estado Islâmico Não É Islâmico".
(2) Um leitor me perguntou: se Obama, como não muçulmano, não tem autoridade para afirmar que o EIIS não é islâmico, como pode o senhor, como não muçulmano, concluir que ele é islâmico? Pergunta inteligente, mas eu não estou concluindo nada, estou apenas prestando atenção nas afirmações do EIIS e acreditando nelas. De maneira geral, se alguém diz que é muçulmano, eu acredito na palavra dele. A propósito, se alguém (por exemplo, Obama) diz que é cristão, eu também acredito na palavra dele. Meu trabalho não é julgar teologia ou corações.